Audiência e atenção para Boechat

Duas das características que marcam o rádio a partir do final dos anos 60 e com mais ênfase nos anos 70 são a mobilidade e a autonomia. As tecnologias que possibilitaram que o rádio diminuísse de tamanho e caminhassem livremente com as pessoas por todos os cantos foram o transistor e o uso de pilhas.

Desde então, os especialistas - humildemente, coloco-me nesta categoria - costumam dizer que essas possibilidades foram responsáveis pela retomada da audiência do rádio, depois de uma forte crise que surgiu com a ascenção da TV a partir de 1955.

Hoje, isto é ainda mais evidente. Com o aumento do trânsito, cresce na mesma proporção a audiência de emissoras de rádio nos carros parados nos congestionamentos.

Se por um lado, a audiência do rádio é avassaladora pela manhã e até o início da noite, por outro, a atenção ao que é transmitido diminuiu em relação ao período em que o aparelho ficava posicionado em um local central da sala de estar. Agora, quase todos ouvem rádio exercendo alguma outra atividade, o que divide a atenção entre o que é dito e o que se faz.

A regra é chamar atenção do ouvinte a todo momento com vinhetas, muita criatividade e - sobretudo - com conteúdo e autenticidade. Para mim, isto ficou evidente com o que ouvi pela manhã na BandNews FM, enquanto estava lançando notas dos meus alunos no computador.


Ouça o comentário de Boechat que abriu o jornal das 7 da manhã de hoje e, em seguida, as observações feitas por ouvintes atentos.
(se o player não estiver visível, clique aqui)


Ao ouvir o exemplo, para mim, fica reforçada a ideia de que conteúdo e forma são as maiores aliadas do rádio moderno, ao lado da mobilidade e da autonomia.

Como diria o Boechat, "toca o barco".

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